A arte de saber te esperar
É assim que mostro como amo você, é assim que enxergo toda a minha paixão, um coração em paz no meio de tanto conflito. Suas mãos são as carícias de um “logo tudo passa” e que o descanso vem pela paciência.
Paciência essa que me faz inquieto, mas ensina como ninguém. Parece passar uns trinta anos, pra quem sabe dizer que nunca foi um engano.
É experiência de quem acalma tempestade até aquela mão suada esperando alguém que talvez seja a sua amada.
Nessa espera é impossível uma vontade que não venha do meu tão falho desejo, assim entende-se que olhos não enxergam tudo o que se vê nem o coração vê tudo aquilo que se sente.
Nessa espera a dona Certeza é a única que não cabe em mim, e o que uma máquina de invenções faz não passa de uma mente brilhante gerando apenas dúvidas em quem não enxerga um palmo a sua frente.
É irreal, é ler o início e querer saber do fim, é ter a primeira letra e querer o entendimento do contador de histórias.
Você me faz ver o escuro para confiar e a luz para deixar a desconfiança pra outra hora, e ainda me fala que sabedoria não vem por entender, mas por dar um passo a cada pequeno sufoco.
Só peço que seja a minha tão confortável sala de espera, que pelos tempos onde não encontro forças você seja meu colo aonde posso acalmar meus ataques de ansiedade e tamanha cegueira. Não me mostre os relógios dessa vida nem mesmo o brilho do sol se pondo para que no meu engano eu não ache que isso é tudo.
Já meus dias sabem bem dessa arte e desses dias alguns olharam os segundos, outros nunca souberam que horas eram, mas o “hoje” aproveita cada minuto.
Seja a minha calma, o agora é tudo o que tenho em mãos e se isso te agrada entrego minhas longas jornadas de ócio e uma vida com mãos tão vazias de sabedoria, porque tudo o que posso fazer é entender que a bela arte do meu tempo é saber Te esperar.
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